A Câmara Municipal de Montes Claros homenageou nesta sexta-feira (24), a Delegacia Adjunta de Repressão de Crimes Contra Pessoa – Homicídios, com a entrega da Placa Alferes José Lopes de Carvalho, que foi criada com a função de reconhecer quem faz a diferença e contribui com ações eficazes e permanentes no cotidiano por uma cidade melhor.
O Vereador, Daniel Dias, autor da proposta aprovada por todos os parlamentares, afirmou que os profissionais da Polícia Civil são referências para uma sociedade que busca por segurança e justiça.
A Delegacia foi criada no dia 28 de maio de 2012 e após dois dias, começou as atividades, atuando na apuração de crimes dolosos contra vida, entre eles homicídios tentados, consumados, latrocínio e feminicídio.
“Hoje é um dia especial para delegacia de homicídios de Montes Claros, para a Polícia Civil de Montes e toda a sociedade civil do município. A partir de 2012 percebeu-se a necessidade de que houvesse um trabalho diferenciado em relação ao combate de crimes violentos contra pessoas. E a partir disso a delegacia foi recriada para que houvesse uma resposta qualificada. Nós pudemos perceber que no ano da criação da delegacia foi onde tivemos uma maior índice de homicídios da cidade, o que mostrou a necessidade da delegacia especializada”, explicou o delegado responsável pela delegacia Especializada em Homicídios do município, Bruno Rezende da Silveira.
Durante a homenagem, foram apresentados os dados que retratam o número de crimes atendidos pela delegacia nestes cinco anos de existência e o resultado ratifica a importância da homenagem prestada pela Câmara.
“No ano de 2012 tivemos uma taxa de homicídio de 33,2%, por 100 mil habitantes, em 2016, essa taxa foi para 17,8%, consolidando uma redução de 46% na taxa de violência letal do município.
Isso mostra diante mão que todo o trabalho da Polícia Civil foi desenvolvido para que pudéssemos atingir um trabalho eficiente. É claro que estamos longe ainda de desenvolver um trabalho que a sociedade espera, por que ainda temos homicídios na cidade, as pessoas ainda são mortas no dia a dia, mas trabalhamos ativamente para combatê-los”, disse o delegado.
Além disso, o perfil das vítimas foi apresentado, uma demonstração de que a Polícia Civil tem feito um trabalho efetivo na cidade.
“A identificação é um diagnóstico preciso para que possamos direcionar efetivamente o nosso trabalho e atuar nas áreas onde os crimes estão ocorrendo e além disso, não podemos apenas saber onde ocorreram, mas o porque. As nossas vítimas são pessoas jovens, homens, negros, de baixa escolaridade e os crimes ocorrem a noite no final de semana em decorrência de arma de fogo e com motivação específica por tráfico de drogas, essa é uma análise preliminar que nos ajuda a desenvolver o trabalho”, relatou Bruno.
Apresentar estes dados na Casa Legislativa é de fundamental importância para que as pessoas conheçam a realidade da cidade e os parlamentares estudem a criação de medidas que contribuam para a segurança da população.
“Muito mais que merecida e justa essa homenagem para os profissionais da segurança que arriscam as suas vidas para cuidar da segurança da sociedade. Nós entendemos que os dados são fundamentais para que possamos pensar como contribuir, os dados mostram a importância de um trabalho organizado, de inteligência, para que possamos trabalhar com políticas preventivas e oferecer condições para que os servidores possam trabalhar em prol da sociedade”, disse o Presidente da Câmara de Vereadores de Montes Claros, Cláudio Prates (PTB).
O delegado da 1ª Delegacia Regional de Montes Claros, Jurandir Rodrigues César Filho, aproveitou a oportunidade para agradecer à Casa Legislativa pela homenagem, agradecimento também feito pelo delegado chefe do 11º Departamento Regional de Polícia Civil, Renato Nunes Henriques, que ressaltou a necessidade de um aumento de servidores policiais.
“Honra-me muito ter trabalhado por três anos na delegacia de homicídios de Belo Horizonte, onde os índices da aprovação eram os maiores da época e hoje o número cai, cai porque houve um aumento do número de crimes que não acompanharam o aumento do número de servidores, lamentavelmente. Por outro lado, os governantes entenderam que segurança se faz com policiamento ostensivo e tem aumentado o número, mesmo não acompanhando o número da repressiva. Nos não trabalhamos para receber títulos, mas quando eles vem, nos sentimos agraciados e ficamos felizes pelo reconhecimento".
Foto para divulgação Ascom |