Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ Uma força tarefa da Polícia Militar, equipe de Policiais Penais e SAMU, foi acionada na noite desta quinta-feira (21), por volta das (19;47), para impedir que um policial penal de (48) anos, cometesse auto-extermínio no bairro Delfino Magalhães em Montes Claros/Norte do Estado.
A Polícia Militar, compareceu até a residência do policial penal, após o homem relatar para seus familiares, que pretendia tirar a sua vida com uma arma de fogo.
Toda área da residência foi isolada pela PM, sendo necessário muita calma e controle emocional por parte dos militares para controlar a situação.
O policial penal, no momento que estava tendo um surto psicótico, saiu para o quintal do fundo de sua casa, relatando que estava sem ânimo para viver. Quando a viatura do Tático Móvel, chegou no local, o policial responsável por coordenar toda ação, colheu informações necessárias, para garantir a segurança de todos os envolvidos, iniciando a parlamentação com o indivíduo que estava desarmado, e informou que sua arma, uma pistola marca/modelo IMBEL (.40), municiada com (16) munições intactas, estava na pia.
Foi realizada uma busca domiciliar, sendo localizado (18) munições intactas dentro da gaveta do guarda-roupa e mais (1) carregador com (16) munições intactas por cima de um armário da cozinha. Diante da situação, o policial penal foi encaminhado pelo SAMU, para o Hospital Universitário.
Em nota a Sejusp, informou que o servidor encontra-se afastado das suas atividades desde dezembro de 2021.
Em contato com o HUCF, foi informado de acordo com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HUCF (NUVEH - HUCF) somente em 2020, foram 152 atendimentos de autoextermínio, nos mais variados modos (medicamentos, enforcamentos, objetos perfuro cortante, produtos químicos de limpeza, álcool/drogas, altura, agrotóxico entre outros).Entre Janeiro e junho de 2021 foram 95 atendimentos deste porte no HUCF. Novos dados estão sendo atualizados referente ao ano de 2022.
O suicídio e o auto-extermínio, é um assunto que precisa ser discutido. Por ser um tabu em nossa sociedade, poucas pessoas sabem como prestar os primeiros socorros a alguém que tentou se matar. Afinal, se não falamos sobre o assunto, como podemos ajudar quem está vivendo essa situação?
Como prestar os primeiros socorros em tentativas de suicídio?
Procurar com rapidez por psicólogos e psiquiatras é a melhor atitude quando se percebe que alguém está se comportando de forma diferente e que, possivelmente, considera o suicídio uma opção. Deve-se buscar ter uma atitude acolhedora e buscar ajuda e orientação para lidar com a situação. Muitas vezes, demorar para encontrar um auxílio pode agravar a situação.
Além disso, quando uma pessoa diz que está cansada da vida ou não consegue encontrar uma razão para viver, ela tende a rejeitar a aproximação de outras pessoas. Ao ser obrigada a ouvir sobre outras pessoas que estiveram em situações piores e superaram, isso lhe causa ainda mais raiva e distanciamento. Essa atitude não ajuda.
O que fazer após uma tentativa de suicídio?
Caso conheça alguém que tenha tentado cometer o suicídio, possivelmente a pessoa está vivendo um momento bem difícil, que mistura confusão, tristeza, vergonha e outras emoções. Após ter prestado os primeiros socorros à pessoa que tentou se matar, busque apoiá-la para que a situação não se repita. Para isso, tome as seguintes medidas.
Leve o indivíduo ao médico
Dependendo das circunstâncias ligadas à tentativa de suicídio, o indivíduo pode ser internado em um hospital geral para tirar do estado crítico. Assim poderá receber os cuidados necessários e ficar em observação.
Nesse caso, o objetivo é estabilizar a condição médica da pessoa. Em seguida, uma avaliação psiquiátrica é realizada para evitar reincidências.
Informe-se sobre o tratamento e a medicação
Para evitar que aconteçam mais tentativas de suicídio, não saia do hospital sem um plano de tratamento definido. Se possível, agende uma consulta com o psicólogo ou psiquiatra que acompanhou o caso. Além disso, tenha todas as prescrições de medicamentos em mãos.
Mantenha a pessoa em segurança
O próximo passo para evitar com que novas tentativas de suicídio sejam adotadas é ter um plano de segurança. Ou seja, descrever ações que a pessoa pode aplicar por conta própria quando estiver se sentindo mal, como ouvir uma música animada, escrever no diário ou fazer exercícios físicos.
O plano também deve conter os nomes das pessoas que podem apoiar o indivíduo, como amigos e familiares. Assim, sempre que ele se sentir triste, saberá com quem contar e pedir ajuda. Além dessas pessoas, inclua os telefones de contato para os serviços de saúde mental e emergências.
Por fim, o plano deverá conter a descrição de como a pessoa tentou se matar e quais são as formas de reduzir seu acesso a essas armas potenciais. No entanto, ela deverá estar ciente de que esse esquema de segurança é para que ela preserve a própria vida.
Procure grupos de apoio
Não é apenas a pessoa que tentou cometer o suicídio, e recebeu os primeiros socorros, que precisa de ajuda psicológica. Por se tratar de um momento extremamente delicado, todas as pessoas que estão ajudando e vivendo a situação podem ter um apoio médico especializado.
Além da psicoterapia, também vale a pena procurar por grupos de apoio para familiares. Eles podem ajudar a estabelecer conexões com quem já passou pela mesma situação. Nesses encontros, todos se apoiam e compartilham suas experiências. É uma forma de desabafar e encontrar as melhores medidas para amenizar a sensação de medo e impotência.
Controle suas emoções
Depois que uma pessoa querida tenta tirar a própria vida, é normal que você se questione as razões para que ela tenha feito isso sem, ao menos, pedir a sua ajuda diretamente. Você pode sentir raiva e pensar que essa foi uma forma de chamar a atenção.
No entanto, independentemente dos motivos que essa pessoa teve, ela precisa de apoio e de alguém que seja o seu porto seguro. Evite ao máximo ficar fazendo perguntas sobre as motivações da tentativa de suicídio.
Afinal, o importante é que a pessoa sobreviveu. Em vez disso, expresse seu amor, preocupação e admiração por ela estar com você e pela segunda chance que vocês têm. Fale sobre os seus sentimentos, mas sem invadir. Diga o quanto ama a pessoa e que não importa o que aconteça, pois agora você está com ela para o que der e vier.