Centro de Comunicação Social do Exército
Brasília (DF) – No dia 5 de junho, o Exército Brasileiro se une à comunidade internacional para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, destacando sua contribuição histórica e suas ações atuais voltadas à preservação ambiental. Em todas as fases da história nacional, a Força Terrestre manteve vínculo direto com a natureza — desde ações pioneiras no reflorestamento até missões de proteção da biodiversidade nas áreas mais sensíveis do território.
Tradição verde: raízes históricas da consciência ambiental militar
Desde o século XIX, quando o Tenente-General Carlos Antônio Napion assumiu a direção do Real Horto (futuro Real Jardim Botânico, no Rio de Janeiro), a preocupação ambiental já integrava a estrutura militar. Em 1861, o Major Manuel Gomes Archer liderou o reflorestamento da Floresta da Tijuca, que até hoje se configura como a maior floresta urbana do mundo. Já no início do século XX, medidas como o rodízio de utilização de áreas de instrução e a proibição de cortes de árvores já eram implementadas em regulamentos militares e perduram amadurecidas.
Estrutura ambiental consolidada e atuação estratégica
Atualmente, a Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) centraliza a gestão ambiental da Força, coordenando 125 unidades de conservação em instalações militares e administrando cerca de 24 mil km² — área equivalente ao território da Bélgica. O Exército atua em todos os biomas do Brasil, com mais de 70 especialistas ambientais e dezenas de mestres e doutores dedicados exclusivamente ao tema.
Sustentabilidade em prática: ações em destaque
Com base em diretrizes sustentáveis, o Exército investe em soluções estruturantes, como:
• Implementação de reuso de água, presente em 30 organizações militares, reduzindo e otimizando o consumo hídrico;
• Instalação de usinas fotovoltaicas, estabelecendo a meta de suprir um total de 25% da demanda energética com energia solar até 2030;
• Promoção de educação ambiental, capacitando mais de 16 mil militares através de cursos e workshops;
• Estabelecimento de coleta seletiva cidadã, totalizando aproximadamente 500 toneladas de recicláveis enviados de instalações militares a cooperativas, fomentando assim economia circular;
• Instalação de dispositivos para tratamento de esgoto, com a operação de ETEs que asseguram destinação adequada dos efluentes.
Defesa ambiental e presença estratégica
Na Amazônia, onde atua com cerca de 20 mil militares, o Exército mantém mais de 60 organizações militares e 23 pelotões especiais de fronteira, muitos deles operando em áreas de difícil acesso. A atuação inclui repressão à mineração ilegal e combate à biopirataria, como evidenciado na Operação Catrimani II, que desativou mais de 700 hectares de garimpos e reduziu em 96% a abertura de novos campos até o começo de 2025.