Para a execução de retirada de intrusos no combate às organizações criminosas, proteção territorial e repressão de ilícitos ambientais, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II empregou uma aeronave H-36 Caracal, da Força Aérea Brasileira, um grupo operativo da Marinha do Brasil, composto por militares Comandos Anfíbios (ComAnf) e Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMEC) da Marinha do Brasil, e militares do Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron RR / 7º BIS), fração que atuou como Força de Reação localizada no 4º Pelotão Especial de Fronteira (4ºPEF), em Surucucu/RR.
Imagens Exército Brasileiro |
As Forças Armadas realizaram mais uma ação significativa de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) como parte da Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa nesse sábado (20/7). A missão, denominada "Xaraka II" (flecha, no dialeto Yanomami), foi executada em estreita colaboração com a Casa de Governo em Roraima e contou com a participação de militares do Destacamento de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) e agentes da Força Nacional.
Os alvos da ação estavam localizados na região de Waikás/RR, aproximadamente 300 km de Boa Vista/RR, no interior da TIY, às margens do Rio Uraricoera. Durante a operação, foram identificados dois garimpos ilegais com 200 kg de cassiterita em sacos e aproximadamente 1 (uma) tonelada do mineral em montes no terreno. Após a ação dos militares e agentes envolvidos na operação, foram destruídos diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais, incluindo: 10 motores, 1 esteira, 3 geradores, 1 motosserra e 3 motobombas.
Na região de garimpo, estima-se que a infraestrutura básica de acampamento esteja valendo ao menos R$ 30 mil. Já a cassiterita, minério pouco conhecido do público geral, mas de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, sendo apelidado de “ouro negro”, possui o valor médio de R$ 56,00 no mercado interno.
A identificação dos pontos para a realização das ações repressivas foi resultado de um trabalho conjunto entre as Forças Armadas e as agências de inteligência que compõem a Casa de Governo em Roraima. Esse esforço colaborativo tem sido fundamental para o sucesso das operações.