Diana Maia
A Policia Civil de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, realiza do dia 14 ao dia 18 de junho um mutirão de coleta de DNA, de familiares de pessoas desaparecidas. O material vai para uma rede integrada de bancos de perfis genéticos. Segundo o perito Higor Dornelas, a ideia do mutirão é dar mais visibilidade a esse trabalho da Polícia Civil que é contínuo.
"A ideia veio essa semana é só de expor essas coletas para que, de uma maneira geral, a gente consiga atingir um número máximo de pessoas. Pessoas que por acaso não saibam que existe esse tipo de trabalho feito pela Polícia Civil, que tomem conhecimento e que vão através da delegacias que procurem fazer essa doação, pois é muito importante para a gente conseguir identificar essas pessoas. E essa coleta é muito simples, é a coleta de células bucais, portanto, trata-se de um processo indolor, feito em questão de segundos e pode ser feito nos vários postos de Medicina Legal, principalmente, espalhados por todo o Estado."
Segundo a Polícia Civil, a recomendação é que os familiares de primeiro grau se apresentem para a coleta, "seguindo a ordem de preferência: pai e mãe; filhos; irmãos".
A coleta de DNA vai ser feita na capital e no interior. Em Belho Horizonte será realizada pelo Instituto Médico Legal Doutor André Roquete. A coleta sera feita também nos postos médicos legais das seguintes cidades: Betim, Montes Claros, Vespasiano, Juiz de Fora, Uberaba, Lavras, Divinópolis, Governador Valadares, Uberlândia, Patos de Minas, Ipatinga, Barbacena, Curvelo, Teófilo Otoni, Unaí, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Sete Lagoas.
Segundo dados da SEJUSP, Secretária de Justiça e Segurança Pública, nos últimos seis meses 499 pessoas desapareceram na capital mineira, desse total 449 foram localizadas. No mesmo período o número de desaparecimentos no interior do estado foi 2.213 e desse total, 1.223 pessoas foram encontradas.