sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Em Coletiva Delegada Karine Maia fala sobre as investigações de estupros em série envolvendo um policial penal no Norte de Minas

Foi coletado material genético  do autor, comprovando ser compatível com o que foi coletado das vítimas.
 Delegada Karine Maia, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher, durante coletiva à imprensa_ Estuprador em Série

Diana Maia_  Siga no Twitter @dianamaiah

Blog Jornalismo Imparcial
dianamaiah@hotmail.com

Montes Claros/MG_ Nesta sexta-feira 29/1, a Delegada Karine Maia, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher, durante coletiva à imprensa apresentou os resultados do trabalho investigativo que apurou autoria de sete crimes de estupros  tentados e consumados em Montes Claros, no Norte de Minas.

Assista o vídeo com a Delegada Karine Maia, falando sobre este caso, que iniciaram as investigações no ano de 2017


Estupro em Série_ Primeiro Crime

A investigação iniciou em 2017 quando uma vítima teria sido abordada no meio da rua por um homem portando uma arma de fogo, ele obrigou a mulher  a entrar em seu carro, levando-a para um local ermo praticando o estupro.

No decorrer das investigações, outras cinco mulheres procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher relatando fatos idênticos.

De acordo com a Delegada Karine Maia, o suspeito tinha algumas particularidades, usava sempre um carro preto, portava arma de fogo, tom de voz baixo e mesmo anunciando que era um roubo nunca levava objetos da vítima, além disso, todas elas o descreviam da mesma forma, ou seja, mesma característica física. Ainda o homem se identificava sendo um policial e relatava que caso fosse denunciado, tinha acesso ao boletim de ocorrência e que chegaria na vítima, para matá-la.


“Nos crimes sob investigação o modus-operandi do suspeito é sempre o mesmo, ele  aborda  a vítima em local ermo, rende a mulher  e comete o estupro. Alguns crimes foram cometidos à noite, em dois deles, ele abordou as mulheres às sete e meia da manhã quando deixava o trabalho ” explicou a delegada

Prisão do Investigado

Em  23/12/2020, um homem de 32 anos, policial penal, foi preso suspeito de tentar estuprar uma mulher, a vítima ao ser abordada por um homem armado em carro preto, gritou e pediu por socorro, ela foi amparada por terceiros. Na fuga ele efetuou um disparo que atingiu um homem, e ainda, deixou o carro que usava para trás, quando retornou para buscá-lo foi preso. https://jornalismo-imparcial.blogspot.com/2020/12/policial-penal-preso-pela-pm-por.html

As circunstâncias da prisão e compatibilidade com os casos investigados resultou na  convicção de que o suspeito seria o estuprador em série investigado na Delegacia, as ocorrências eram similares,  carro preto, arma, abordava as vítimas e colocava dentro do carro, características físicas, tudo isso colocava funcionário público como principal investigado.

Diligências 

 Na data de ontem 28, o suspeito foi reconhecido por cinco vítimas de estupros, durante suas declarações negou os fatos, entretanto, apresentou muitas contradições. 

As vítimas na época dos fatos tinham 17,19, 23, 25, 25, 32 e 33 anos de idade, a delegada diz que ele escolhia mulheres novas e bonitas para cometer os crimes.

 O suspeito encontra-se preso preventivamente e  irá responder por cinco crimes de estupros consumados, dois na forma tentada e uma tentativa de homicídio. 

A delegada acredita que outras mulheres poderão procurar a Delegacia da Mulher após a divulgação dos fatos, a autoridade  faz um apelo para que todas as mulheres que foram vítimas do suspeito procurem a Delegacia da Mulher para providências.

“não tenham medo de denunciar, algumas tem vergonha ou medo, mas só assim ele irá responder pelos crimes cometidos” encorajou.

Nota da Sejusp 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), tomaram conhecimento do fato ocorrido em Montes Claros, no Norte do Estado, na madrugada desta quarta-feira (23.12), envolvendo um policial penal. 

O profissional estava fora do ambiente de trabalho e as investigações seguem a cargo da Polícia Civil. A partir dos desdobramentos dos  trabalhos investigativos, providências de apuração disciplinar e administrativa também serão tomadas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário