“Cápsula do tempo” |
Caxias do Sul (RS) – No
dia 12 de julho, o 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3° GAAAe), na
presença dos oficiais, subtenentes e sargentos da Unidade, efetuou a
abertura de uma “cápsula do tempo”, colocada em uma urna na base do
Marco Inicial da Construção do Quartel, que hoje sedia o “Grupo Conde de
Caxias”.
Em pesquisa histórica, realizada quando
do Centenário da Presença do Exército Brasileiro em Caxias do Sul,
descobriu-se que, de acordo com publicações da época, o jornal “O
Brasil”, em sua edição de nº 12, de 08 de abril de 1922 (ano XVI),
informava que Caxias do Sul recebera a visita do Ministro da Guerra,
Doutor Pandiá Calógeras, e esposa, cuja comitiva era integrada pelos Generais Cândido Mariano Rondon e Abílio Noronha, bem como do Major Egydio Castro e do Capitão Dracon Barreto. Integrando a mesma comitiva, estava o Doutor Crochrane Simonsen, Diretor-Presidente da Companhia Construtora de Santos, responsável pela construção do atual aquartelamento; e o Major Oscar Barcellos, Chefe da Fiscalização e Inspetor de Obras do Exército.
O Ministro Pandiá Calógeras examinou
detalhadamente as plantas da obra, percorreu o terreno e presidiu a
cerimônia de assentamento da pedra fundamental. A Ata foi lavrada pelo
1º Tenente Bina Machado e assinada pelos presentes, inclusive pelo Coronel Pena de Moraes, Intendente Municipal de 1912 a 1924; e pelo Major Abramo Eberle, Vice-Intendente. Nessa oportunidade, uma urna, contendo a Ata, moedas e jornais da cidade, daquela data, foi lacrada.
"A primeira pá de cimento foi colocada
pelo Ministro, ao som do Hino Nacional, com uma pequena pá de prata
(colher de pedreiro), que lhe foi oferecida como lembrança pela
Intendência Municipal", explicou o livro “O Quartel”, escrito
pelo Subtenente Reformado Alvino Melquides Brugalli.
Na abertura da urna, foi constatada a
exatidão da descrição do livro e dos periódicos da época. O Comando do
“Grupo Conde de Caxias” encontrou o material deteriorado pelo tempo e
pela umidade e providenciou a guarda (na organização militar), para
posterior manuseio, análise, por historiadores locais, a fim de
prepará-los para futura exposição junto ao Espaço Cultural do 3º GAAAE.