quinta-feira, 5 de julho de 2018

Amazonas_ Ciúme excessivo na relação deve ser alerta para violência doméstica contra mulheres.


Jornalismo Imparcial/ Com informações da Secretária de Segurança Pública do Estado do Amazonas
Manaus_ Registrou 7.458 mil casos de violência contra a mulher de janeiro a abril de 2018. Os números se referem aos boletins de ocorrência registrados nas duas delegacias especializadas em Crimes Contra a Mulher da capital. Até chegar à agressão física e outros casos de polícia, a violência se disfarça no cotidiano em episódios que não podem ser ignorados em uma relação.
Cuidados excessivos, ciúme descontrolado e a imposição de limites à companheira, que vão da roupa às amizades. Estes são os sinais mais claros de uma relação abusiva.
 “O autor de violência doméstica sempre demonstra alguns sinais desde o início do relacionamento. Mas a mulher acaba interpretando como excesso de amor, de ciúmes e não de abuso. A partir do momento em que ele quer controlar a vida, o celular, as redes sociais, quer segregá-la até do convívio familiar, controlar a roupa, é preciso ficar atenta”, afirma Andréa Nascimento, delegada titular da Especializada em Crimes contra a Mulher do bairro Cidade de Deus, zona norte de Manaus.

Segundo a delegada, a violência doméstica contra a mulher é cíclica. O autor não é violento em tempo integral. “O autor não é ruim o tempo todo e muitas vezes a violência só se manifesta com a vítima. Às vezes, ele é um bom pai, trabalhador, tem momentos bons com a vítima. Por isso, que a vítima permanece no ciclo da violência porque ela acredita que ele vai mudar. Porque aí tem o pedido de violência. Intensificação de violência”, disse.

Relacionamento abusivo - Titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher do Parque Dez, na zona centro-sul de Manaus, a delegada Débora Mafra, acredita que a gênese da violência contra a mulher é o relacionamento abusivo. Nessas relações, quase sempre a vítima tem a impressão de ter encontrado o homem ideal. “É sempre o cara da sua vida, um negócio que você não consegue acreditar. A pessoa mais cuidadosa, apaixonada, que já quer se envolver logo. Uma coisa realmente apaixonante. Depois começa a dar ordens, impor proibições de amizades, locais de visitação, começa a mexer no telefone, nas redes sociais e aí começam as ofensas e agressões físicas”, enfatiza Débora Mafra.
Prevenção - Antes de chegar à delegacia, a prevenção ainda é a melhor aliada para quebrar o ciclo de violência. Procurar ajuda profissional, terapia de casal e uma religião podem surtir efetivos positivos. “Dificilmente a mulher vai conseguir contornar sem ajuda. Muitas vezes a denúncia é um passo para o autor entender que está errado. A delegacia é uma forma de amparo à família. A partir daí, mesmo que seja um registro de boletim de ocorrência, eles recebem encaminhamento para o atendimento psicossocial, da vítima e do agressor”, disse Andréa Nascimento. As delegacias contam com o Serviço Apoio Emergencial à Mulher (Sapem), com equipes multiprofissionais.
Delegacias - Quando a tentativa de terminar a relação é infrutífera, o caminho para enfrentar o caso é o auxílio policial. Em Manaus, os registros de queixas podem ser feitos nas duas unidades de Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), localizadas na avenida Mário Ypiranga Monteiro, Parque Dez, zona centro-sul, e na rua Santa Ana, Cidade de Deus, zona norte, atrás do 13º DIP. Os casos também podem ser registrados em qualquer delegacia de polícia na capital e interior.
 “Muitas vezes as mulheres têm medo de vir à delegacia porque acharem que os homens já vão sair presos. É importante que elas saibam que a delegacia também está atuando como parceira, para orientá-las, informá-las a agir preventivamente, para que conheçam os seus direitos”, disse a delegada Andréa Nascimento.

Denúncias – Além das vítimas, denúncias de casos de violência contra a mulher também podem ser feitas por parentes, vizinhos e amigos, de forma sigilosa, através do Disque 181, o telefone de denúncias da Secretaria de Segurança Pública. De acordo com a Delegada Débora Mafra, todos os casos são apurados.

“O bom é que a mulher tome a atitude de denunciar. Mas ninguém pode ser omisso, é preciso avisar a polícia. Recentemente, fomos averiguar um caso de violência em um condomínio de luxo. Os relatos dos vizinhos indicavam que a mulher apanhava todo dia. Ela não quis que atendêssemos, mas ainda assim, a presença da polícia ali foi importante. Onde tem polícia, o homem começa a respeitar porque ele sabe que será punido”, disse Mafra.

Postagem em destaque

Pesquisa inédita mostra que mais da metade dos adolescentes brasileiros já sofreu violência sexual online

Cerca de  8.500 adolescentes de 13 a 18 anos,  foram ouvidos  de todas as regiões do país, especialmente do Nordeste e Sudeste. Diana Maia v...

Postagens mais visitadas

"Tudo posso Naquele que me fortalece"

"Tudo posso Naquele que me fortalece"
Deus no Comando!

"Siga-me, os que forem brasileiros".

"Siga-me, os que forem brasileiros".


" Quando uma Mulher descobre o tamanho da força que guarda dentro de si, nada é capaz de pará-la"

Obrigada pela sua visita!

Obrigada pela sua visita!
A você que chegou até aqui, agradecemos muito por valorizar nosso conteúdo.