Os trabalhos foram realizados em Porteirinha, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas e Montes Claros
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Imagens PCMG |
Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia Militar (PMMG), deflagrou, nesta quinta-feira (25/9), na região Norte do estado, a segunda fase da operação Efeito Dominó, que tem como alvo investigados por tráfico de drogas, associação criminosa, homicídios e lavagem de dinheiro. Ao todo, oito suspeitos foram presos, e 36 mandados de busca e apreensão cumpridos. Durante a operação, foram apreendidos 13 unidades Ecstasy, 7 tablete de maconha, 8 porções de maconha, 110 papelotes de cocaína, 4 pedras crack, (1) arma de fogo, (5) cartuchos intactos (1 ) simulacro (34) 34 celulares (2) tablets (1) notebook (1) DVR (4) balanças, (2) maquininhas de cartão (1) 1 carregador portátil (5) 5 câmeras de segurança (4) cadernos de anotações do tráfico (1) maleta de pistola (1) coldre, uma quantia de R$: 10.271,95, várias objetos de ouro, (20) pesos, (24) dólares.

Os trabalhos foram realizados em Porteirinha, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas e Montes Claros. As equipes recolheram câmeras utilizadas por criminosos para monitorar a movimentação das forças de segurança, duas armas, dinheiro e entorpecentes, sendo seis alvos presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Contra os outros dois detidos, havia ordens de prisão temporária e preventiva.
Investigação
A operação é decorrente de investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil em Porteirinha, com apoio técnico do Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro (LAB/LD) da PCMG. O inquérito teve início a partir da prisão de um casal já condenado pela Justiça, o homem, a 19 anos e dez meses, e a mulher, a sete anos e noves meses de reclusão, pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de capitais.
Ainda, durante a análise das movimentações financeiras do casal revelou uma rede ainda mais complexa, envolvendo um foragido da Justiça e seu sucessor, apontados como herdeiros da estrutura de tráfico na região. Entre 2022 e 2024, foram identificadas transações suspeitas que ultrapassaram R$ 1,8 milhão.
As apurações também levantaram indícios de envolvimento de um vereador da região. Segundo apontam as investigações, ele teria movimentado, de forma fracionada, mais de R$ 200 mil em conjunto com o homem condenado. As operações coincidiram com o período eleitoral de 2024, o que levanta a suspeita de que parte da campanha do parlamentar possa ter sido financiada com recursos ilícitos. O político segue sendo investigado.
Efeito Dominó
O delegado André Brandão, responsável pelo inquérito, ressalta a importância da operação: “O trabalho de inteligência da Delegacia em Porteirinha, com apoio do LAB/LD, foi fundamental para rastrear fluxos financeiros incompatíveis com a renda declarada dos investigados. Agora, buscamos consolidar provas que reforcem a responsabilização criminal e a desarticulação de organizações que há anos ameaçam a tranquilidade da região”.
Nesta segunda fase, da Operação Efeito Dominó, foram mobilizados mais de cem policiais e contou com o apoio dos coordenações Aerotática (CAT), que empregou helicópteros e equipes especializadas; e de Operações com Cães (COC) da PCMG, com dois cães farejadores. Houve, ainda, a colaboração da Polícia Militar, incluindo a unidade de Rondas Ostensivas com Cães (Rocca).
Após os procedimentos de polícia judiciária, os oito presos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça.