Comando Operacional Conjunto Catrimani II
Boa Vista (RR) – Em ações logísticas e de combate ao garimpo ilegal, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II atingiu, nessa segunda, 23 de setembro, a expressiva marca de mais 1.000 horas de voo em atividades que contribuem para a desintrusão na Terra Indígena Yanomami (TIY).
Os voos são realizados pelos helicópteros Super Cougar (UH-15) da Marinha do Brasil, Pantera (HM-1) do Exército Brasileiro e, da Força Aérea Brasileira, Black Hawk (H-60) e Caracal (H-36), além do avião Caravan (C98). A distância percorrida pelas aeronaves até o momento foi de aproximadamente 233.000 Km ou o equivalente a 5,6 voltas na Terra.
O Caravan é utilizado para transportar pessoal e material até Surucucu – onde está localizado o Quarto Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro. Já os helicópteros, por serem considerados aeronaves multitarefa, em razão da flexibilidade de pouso e decolagem em locais mais restritos, são empregados em inúmeras ações pelas Forças Armadas, sempre com o objetivo de desintrusão e de assistência humanitária aos indígenas.
Utilizando a técnica de carga externa, ou seja, quando equipamentos pesados e volumosos são içados pela aeronave, os helicópteros transportaram compressores, geradores e perfuratrizes para dentro da TIY. De modo convencional, placas fotovoltaicas estão sendo levadas para prover energia sustentável para estruturas governamentais.
Sendo os principais vetores para infiltrar e exfiltrar tropas na região com a missão de inutilizar as estruturas do garimpo ilegal, as aeronaves militares aumentaram a capacidade operacional no cumprimento das missões de desintrusão, tanto diurnas como noturnas.
No contexto das Operações Integração I e II, o emprego de aeronaves militares possibilitou a realização de operações noturnas em ambiente de selva. Utilizando equipamento de navegação noturna e tripulação altamente preparada, tais operações, apoiadas na capacidade aeromóvel, puderam proporcionar continuidade nas ações e integração entre as agências envolvidas, inclusive possibilitando evacuações aeromédicas em caso de necessidade.
A eficiência das ações proporcionadas se confirma na fala do líder indígena e Presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, para a Agência Cenarium: “Hoje estou em Surucucu e podemos ver nossas crianças retornando a brincar, sorrir, subir em uma árvore e isso demonstra que estamos nos recuperando”.
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