quarta-feira, 24 de abril de 2024

Descaso: Pacientes de Montes Claros e região que precisam ser avaliados por médicos ortopedistas nas dependências do CAETAN, reclamam das dificuldades enfrentadas durante atendimento

Pacientes são expostos em situação vexatória. Além da ala ortopédica funcionar no 8º andar do prédionão possui equipamentos de raio-x nas dependências, sendo os pacientes submetidos a pegarem encaminhamentos com os médicos, descerem até o Hospital Universitário Clemente de Farias e depois retornarem


Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial

Montes Claros/MG - Pacientes que sofreram alguma fratura óssea, e  precisam retornar para serem avaliados pelos médicos ortopedistas, no Centro Ambulatório de Especialidades Médicas - CAETAN, localizado na Av. Cula Mangabeira, bairro Cândida Câmara em Montes Claros, denunciam o descaso das dificuldades para serem avaliados, nos consultórios ambulatoriais localizado no 8º andar do prédio.

Entenda o caso

Os pacientes de Montes Claros e região, com fratura óssea, precisam retornar para a consulta agendada com o médico ortopedista, chegam muito cedo no CAETAN, antes das seis da manhã, sendo o paciente atendido por ordem de chegada  às 7 horas.Se não bastasse enfrentar a fila, muitos com muletas e cadeiras de rodas, ao receberem uma senha, precisam utilizar o elevador para chegar no 8º andar, tornando desconfortável o deslocamento para alguns pacientes que sofrem com fobias.

Na última terça-feira (23/04), a equipe do Blog Jornalismo Imparcial, viu de perto, a forma como alguns pacientes que estavam com o agendamento marcado para atendimento ortopédico no Centro Ambulatório de Especialidades Médicas - CAETAN, enfrentavam a dura realidade, para serem atendidos, até chegarem ao médico ortopedista. Reclamavam do atendimento prestado na portaria, e pela recepcionista que trabalha no 8º andar, que de acordo com relatos de pacientes e acompanhantes, se expressa de forma rispida, além de não demonstrar qualquer empatia com os pacientes.

Uma senhora, que chorava de dor causada pela fratura em sua perna, estava a mais de três meses engessada, e queixava-se de dores, sendo informada  pela recepcionista que "nada poderia ser feito, pois deveria agendar o atendimento pelo posto de saúde do seu bairro, para então retornar a unidade".

Outro fato que deixa os pacientes com fraturas ósseas indignados, é o fato da ala ortopédica ficar no 8º andar do prédio, dificultando o acesso de pessoas que estão com fraturas, principalmente nas pernas, se locomovendo com cadeira de rodas, muletas, apoio de terceiros e alguns casos mais graves, pacientes pulando com uma perna. O prédio só possui elevadores, escadas, não sendo localizadas rampas para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. E em caso de ocorrência, que envolva evacuação rápida, seria muito dificil uma pessoa que utiliza cadeiras de rodas ou com fratura óssea nas pernas saírem com facilidade do local, pois para ter acesso ao térreo, é necessário uma pessoa com boa disposição descer 114 degraus.

Um paciente, que se encontrava de muletas questionou a dificuldade para acessar a ala ortopédica.

"O elevador principal tinha capacidade para até 21 pessoas, contudo, a equipe que estava na recepcão do térreo estava controlando o limite de pessoas, o que fazia a fila de pesssoas se estender, e em momento algum indicaram o segundo elevador. A ala ortopédica deveria se localizar no primeiro ou segundo pavimentos. Facilitaria muito quem está com mobilidade reduzida."


FALTA DE RAIO-X NA UNIDADE

Outro ponto que recebeu fortes críticas, foi que, além da ala ortopédica se localizar no 8º andar, a mesma não possui equipamentos de raio-x nas dependências, devendo os pacientes pegar encaminhamentos com os médicos, descer até o Hospital Universitário Clemente de Farias e procurar o acesso que direcionasse ao corredor do raio-x, devendo realizar o procedimento e retornar para o CAETAN. Novamente, quem estava com muletas e cadeiras de rodas foram os que mais enfrentaram transtornos. No local, por onde os pacientes percorrem, muita infiltração e piso molhado, fazendo com que o paciente corra o risco de cair.


Uma mulher que estava com o braço fraturado, devido sofrer com síndrome do Pânico, quase teve uma crise, ficando bastante agitada ao ter que pegar o elevador.

Diante dos flagras presenciados por nossa equipe e depoimentos dos pacientes, que não terão suas identidades reveladas, por questões de segurança, entramos em contato com a Assessoria de Comunicaçao do Hospital Universitário, que apenas manifestou "Não ter ciência dos fatos".

Na quarta-feira (24/4), entramos em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e solicitamos uma nota. Por telefone, foi solicItado que a nossa equipe, reportasse os fatos  via e-mail, que seria respondido à nossa demanda. No entanto até o fechamento desta matéria, nenhuma nota foi enviada.

Uma profissional da Saúde que atua no local diariamente, em off, informou para a nossa equipe que é desumano e triste essa dura realidade, e que infelizmente quem deveria fiscalizar a unidade hospitalar, faz vista grossa. Com a palavra nossas autoridades.

saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

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