Com foco em crimes cibernéticos financeiros e criptomoedas, workshop está sendo ministrado por agentes do serviço secreto do Governo dos EUA
Tiago Ciccarini/Ascom Sejusp |
Nesta terça-feira (8/8) cerca de cem profissionais da segurança pública de Minas Gerais, além de representantes da Casa Civil, Receita Federal, Ministério Público, Banco Central e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) participaram de um workshop ministrado pela Agência Federal do Serviço Secreto dos Estados Unidos da América. O objetivo do treinamento, que aconteceu ao longo de todo o dia, teve o intuito de nivelar o conhecimento das forças de segurança e de instituições parceiras para fortalecer as ações de combate aos crimes cibernéticos e fraudes bancárias no estado, com foco em crimes financeiros e criptomoedas.
A cônsul dos Estados Unidos em Belo Horizonte, Katherine Ordoñez, participou da abertura do evento e ressaltou que “todos temos que estar muito atentos com o que está acontecendo no mundo virtual e na internet. Isso requer cada vez mais colaboração entre agências e fronteiras”.
A primeira parte do treinamento tem como objetivo introduzir os participantes ao mundo das criptomoedas: o conceito de uma cyber moeda, blockchain, chaves públicas e privadas, mineração, sementes, carteiras, clusters, carteiras quentes e carteiras frias, transações de Bitcoin, suas entradas e saídas, entre outros.
Depois de entender os conceitos básicos sobre criptomoeda, os profissionais terão aprofundamento sobre as investigações. Quem ministra o conteúdo é o investigador do serviço secreto americano, Felipe Barros. O profissional abordará a ideia principal por trás de uma investigação de criptomoeda e apresentará aos alunos algumas ferramentas utilizadas para rastrear transações de bitcoin. Em seguida, o treinamento demonstrará como solicitar informações e os pontos da operação de busca e apreensão que devem ser seguidos para evitar perdas dos criptoativos. Por fim, serão abordadas tendências de crimes envolvendo criptomoedas, como lavagem de dinheiro e fraudes.
O subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Christian Vianna de Azevedo, explica a importância deste tipo de treinamento para os profissionais de Minas Gerais. “Nos últimos anos acompanhamos uma mudança no fenômeno da criminalidade, que está adotando investimento em criptomoeda e lavagem de dinheiro por meio das moedas virtuais. Além disso, tem investido bastante em crimes cibernéticos. Muitas organizações criminosas que assaltavam bancos fisicamente agora atuam no ramo de fraude bancária eletrônica, pois é mais lucrativo e menos arriscado. É fundamental capacitar as forças de segurança pública, e outras agências e instituições parceiras, para que possamos fazer uma articulação integrada mais eficiente, pois todos estes órgãos precisam estar com o conhecimento nivelado”.
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