Desenvolvimento de tecnologias emergentes e disruptivas em prol da Defesa Nacional Exército Brasileiro conduz estudo para conceber programa em Tecnologias Quânticas – Programa Iniciativa Quântica
Nesta quarta-feira (21), das 08;00 as 12;30h (Horário de Brasília) acontece por videoconferência o 4º Workshop sobre Tecnologias Quânticas, que contará com apresentações da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, do Estado-Maior do Exército, do Instituto Militar de Engenharia e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.
Com o advento da Estratégia Nacional de Defesa, a Cibernética tornou-se um vetor estratégico sob responsabilidade do Exército Brasileiro, sendo o Comando de Defesa Cibernética, o Órgão Central do Sistema Militar de Defesa Cibernética.
O ComDCiber tem como missão, planejar, orientar, coordenar, integrar e executar atividades relacionadas ao desenvolvimento e aplicação das capacidades cibernéticas, como órgão central do Sistema Militar de Defesa Cibernética, a fim de contribuir para o uso efetivo do espaço cibernético, impedindo ou dificultando sua utilização contra os interesses da Defesa Nacional.
Na permanente busca da liberdade de ação no espaço cibernético, os assuntos relativos às tecnologias emergentes e disruptivas, em especial as relacionadas à mecânica quântica e suas aplicações na área cibernética, tornaram-se fundamentais para o ComDCiber, que vem conduzindo estudos para a concepção do Programa Iniciativa Quântica, com o objetivo de dotar a Defesa de capacidade de atuação em um ambiente com uso massivo de computação quântica.
Ao longo do presente Estudo, tem-se observado que as Tecnologias Quânticas são Tecnologias de Interesse da Defesa com impacto no setor Cibernético, e que fazem parte de um hiato tecnológico que carece de um esforço do Estado para que seja superado de forma coordenada e integrada.
Nesse sentido, e considerando a importância da manutenção e do fortalecimento dos laços de relacionamento da Indústria, Defesa e Academia, o tema vem sendo compartilhado e desenvolvido com o apoio de 8 (oito) Universidades Públicas, e de 3 (três) Ministérios, por meio de 11 (onze) organizações, junto ao ComDCiber, em um total de 20 (vinte) atores.
Com o objetivo de dotar a Defesa de capacidade de atuação em um ambiente com uso massivo de computação quântica, há a necessidade de se criar um ecossistema de tecnologias com o desenvolvimento de oito grandes áreas: computação e simuladores quânticos; hardwares quânticos; comunicação quântica; criptografia quântica; sensores quânticos; metrologia quântica; manufatura aditiva para produção de produtos quânticos; e computação e criptografia pós-quântica (clássica).
Para que esse objetivo possa ser alcançado, algumas oportunidades foram identificadas e demandam, todavia, uma atuação interministerial, tais como, a inserção das Tecnologias Quânticas na Política Nacional de Defesa e na Estratégia Nacional de Defesa, como Tecnologias de Interesse da Defesa Nacional, a criação de redes de comunicação quântica no Brasil e o robustecimento da infraestrutura laboratorial existente nas Universidades, propiciando uma integração de Ciência e Tecnologia em prol da sociedade por meio da Defesa.
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