O alvo da operação em Montes Claros, um engenheiro elétrico, com grande habilidades em invadir sistemas e plataformas de cursos online, destinados a estudantes de Medicina.
Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial
A Polícia Civil do Distrito Federal/PCDF, por intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Material e a Fraudes/Corf com o apoio do MPDFT, deflagrou uma ação conjunta para cessar o comércio clandestino de videoaulas e apostilas destinados a estudantes do curso de Medicina de todas as faculdades do País.O nome da operação Hipócrates faz referência ao médico grego, considerado o pai da medicina.
Ação em Montes Claros/Norte do estado
Em Montes Claros/MG, a PCDF, com o apoio da equipe do 11º Departamento de Polícia/ PCMG, cumpriu na última terça-feira (7/3), Mandado de Busca e Apreensão expedido para residência localizada no Bairro Antônio Pimenta.
O alvo da operação em Montes Claros, um engenheiro elétrico, com grande habilidades em invadir sistemas e plataformas de cursos online, destinados a estudantes de Medicina.
De acordo com a PCDF, as investigações, as obras, que são protegidas por lei e comercializadas pela empresa por R$ 15 mil, eram revendidas ao preço de R$ 400 em ambientes virtuais, sem autorização expressa e com objetivo de lucro, o que acarretou em um prejuízo de mais de R$ 117 milhões.
“Os valores obtidos com os crimes foram transformados, rapidamente, em moedas virtuais”, eventualmente existentes na Corretora “Binance” e na “Local Bitcoins”, ligadas aos suspeitos, destaca o delegado Wisllei Salomão, que coordena as investigações.
Durante a operação, os agentes apreenderam três computadores, quatro smartphones, diversos dispositivos de armazenamento, dinheiro em espécie, apostilas dos cursos oferecidos pela empresa vítima e ainda uma cold wallet, que é um tipo de carteira de criptomoeda. O delegado Salomão, informou que as investigações foram conduzidas em parceria com o MPDFT em razão dos investigados residirem em Brasília.
O hacker irá responder por crimes contra a propriedade imaterial e por lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 14 anos de reclusão. “As pessoas que adquiriram o curso serão identificadas e podem responder por receptação, cuja pena é de até quatro anos de reclusão”, finaliza o delegado.
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