terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Vídeo_ Omissão de Socorro: Mulher com hemorragia excessiva deixa de ser atendida por negligência de funcionários do Hospital Mário Ribeiro da Silveira

Após o episódio vexatório e humilhante, a jovem senhora, procurou uma Base Móvel da Polícia Militar para registrar o REDS
Imagens capturadas pela acompanhante da paciente, para comprovar que o hospital estava vazio

Sarah Matias/Blog Jornalismo Imparcial
Montes Claros/MG_ Nesta terça-feira (27/12), uma mulher de 50 anos, registrou um boletim de Ocorrência na Polícia Militarapós sofrer negligência, na triagem de atendimento no Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, localizado na Plínio Ribeiro, 539 - Jardim Brasil, Montes Claros/Norte de Minas.

A mulher procurou o hospital, com um quadro de hemorrogia intensa, depois de receber orientação do SAMU e a médica informar quais os hospitais que estava atendendo com  clínico geral na cidade, em seguida desejou boa sorte.
No entanto ao ser avaliada, por uma jovem enfermeira, recebeu apenas uma pulseirinha verde, sendo o estado de Saúde da mulher de alto risco. Na consulta a mulher relatou que estava a três semanas sangrando muito, e na data de hoje (27), intensificou o fluxo sanguíneo, sentido fortes dores de cabeça, tontura, sangrando pelo nariz, febre, com mãos ressecadas e ásperas. Mas contudo, ela não foi atendida devido ao descaso da equipe médica  e da pulseira de classificação na cor verde.
Hospital sem grande fluxo de pacientes, sendo priorizado atendimento particular, ficando em segundo plano paciente do SUS.

ENTENDA O CASO

A paciente relata que por volta das 12:40 ligou para o SAMU reportando estar com uma hemorragia há mais de 3 semanas e que já não sabia mais o que fazer. A orientação do profissional foi que procurasse com urgência o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro, pois o caso clínico de hemorragia é grave e lá encontraria um profissional para atender, pois a cidade estava com os hospitais super lotados.

Ao chegar lá, em torno de 15:00 a mulher pediu para que fosse atendida o quanto antes pois já não conseguia mais ficar em pé. Entretanto, ao passar pela triagem, além de receber uma pulseira verde (o que indica que o caso clinico não seria grave e vai contra a indicação do SAMU), a vítima afirma que viu pouco caso dos profissionais que estavam atendendo, uma vez que o ambiente encontrava-se com pouquíssimas pessoas e os funcionários estavam mexendo no celular e conversando, inclusive com a médica e a enfermeira a todo momento passando pelos corredores fazendo pouco caso da situação clinica, e em alguns momentos, rindo do caso.

Após uma hora de espera, e sofrendo com dores severas, a paciente foi orientada a procurar a Ouvidoria do local caso não estivesse gostando do atendimento. Em resposta a Ouvidoria disse que esta seria atendida imediatamente, contudo, bastou a funcionária, retornar para o setor, houve mais um período de descaso e espera.
Não aguentando mais a dor e humilhação, a mulher a começou a gritar, perguntando se teria que cair seu útero no chão, ou desmaiar devido o tamanho dos pedaços de sangue, que aumentaram.Sem resposta, muito humilhada, saiu do hospital sem atendimento, sendo necessário, usar uma toalha, devido o aumento dos coágulos de sangue manchando sua roupa. 
Após o episódio vexatório e humilhante, a jovem senhora, procurou uma Base Móvel da Policia Militar para registro de REDS. Sensibilizado, o PM, vendo o estado da mulher, pediu para que procurasse a Santa Casa para que tivesse um atendimento mais ágil e depois tomasse as devidas providências.
A mullher relatou que em nenhum momento tentou atendimento priorizado, até porque o local estava basicamente vazio, mas sim que fosse respeitada aquele momento de dor e fragilidade.
Em contato com o hospital percebemos que a propaganda de bom atendimento e humanização na saúde que o hospital prega, no que tange ao SUS, nada mais é, do que propaganda enganosa, que o hospital prioriza quem tem dinheiro para pagar consulta particular.
A mulher por  indicação do policial e novamente do SAMU, foi orientada a procurar desta vez o Hospital da Santa Casa.
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