terça-feira, 2 de agosto de 2022

Vídeo_ Ação em conjunta da PCDF, PCSP e PF realizam a Operação Não Seja Um Laranja

Contas bancárias pertencentes a pessoas físicas residente em Minas Gerais e Recife, foram usadas nos esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes 

A Polícia Civil do Distrito Federal em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, participaram, na manhã desta terça-feira (2/8), da Operação Não Seja Um Laranja deflagrada pela Polícia Federal.

A ação objetivou a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do País. Estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 13 Estados e no Distrito Federal.

Delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani Junior, gravou um vídeo, falando sobre a ação que aconteceu nas primeiras horas desta terça-feira.

Quatro equipes do Departamento de Polícia Especializada da PCDF, compostas por 28 Policiais Civis e quatro Policiais Federais, cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas. Os referidos mandados foram cumpridos nas residências de investigados que participaram de fraudes bancárias realizadas em nível nacional, emprestando suas contas para o recebimento de quantia aproximada de R$ 300.000,00. Tal quantia foi subtraída de contas bancárias pertencentes a pessoas físicas residentes nos Estados de Minas Gerais, Recife. Durante as buscas realizadas na data de hoje foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores. A operação no DF foi coordenada pela DRCC, contando com policias da Corf, Cord e Corpatri.

O valor total de fraudes bancárias eletrônicas investigadas está estimado em, aproximadamente, R$ 18,1 milhões. A ação é resultado de mais uma iniciativa da Força-Tarefa Tentáculos, instituída pela Polícia Federal para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas, a qual envolve esforço cooperativo e integração com as Polícias Civis e as instituições bancárias, por meio da Febraban. Destaca-se o apoio operacional da Unidade Especial de Investigação a Crimes Cibernéticos, a qual iniciou as atividades recentemente e já tem participação em sua segunda operação de grande porte.

Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam uma infinidade de cidadãos. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “Laranjas”. A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros. Em razão disso o nome da Operação, alertando que essa conduta é criminosa. 

Os delitos apurados na Operação Não seja um laranja, são associação criminosa (art. 288 do Código Penal), furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º do Código Penal), uso de documento falso (art. 304 do Código Penal) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão. 




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