Em três dias de programação, evento tem o objetivo de discutir pautas importantes sobre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável
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Lideranças indígenas, representantes de comunidades tradicionais e governos estão reunidos, desde ontem (16/02), para a Reunião Ordinária dos Comitês Regionais e Globais para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, organizada pela Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta - GCF Task Force.
O encontro ocorre no auditório da sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), até esta sexta-feira (18/02). A líder de projetos do GCF, Colleen Scanlan Lyons, explica o objetivo do evento.
“Teremos três dias juntando lideranças do governo e lideranças dos povos indígenas e comunidades tradicionais, aqui no Brasil. A gente trabalha para que aconteçam parcerias e acordos, para tentar juntar conservação ambiental com desenvolvimento sustentável, num nível regional, aqui no Brasil, e também no nível global”, afirmou.
Os dois primeiros dias do evento estão voltados para discussão entre as lideranças do Comitê Regional do Brasil, e o terceiro dia será destinado à mobilização internacional, com reunião do Comitê Global, incluindo a presença de lideranças do Peru, Colômbia e Estados Unidos.
A presidência do GCF Task Force atualmente é exercida pelo Governo do Amazonas. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, participou da abertura e ressaltou a importância do evento como fonte de diálogo para benefício de comunidades indígenas e tradicionais. “É muito significativo termos aqui um comitê que tem o reconhecimento de todos os governadores dos nove estados da Amazônia brasileira”, disse o secretário.
Salvaguardas - O tema principal do primeiro dia foi o mercado de carbono. A diretora de Ecossistemas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Julie Messias e Silva, liderou o painel da manhã trazendo informações sobre o Sistema de Salvaguardas do Brasil.
As salvaguardas são diretrizes gerais que devem ser observadas por todos os países que desejarem implementar projetos de REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal).
Julie destacou que, no Brasil, estas salvaguardas devem dar visibilidade ao papel dos povos indígenas para assegurar estoque de carbono das florestas para o clima global.
Nos próximos dias, os projetos de carbono em terras indígenas continuarão sendo abordados, incluindo temas como estratégias de comunicação, financiamento e perspectivas de projetos.
A programação também terá três dias para discussão de estratégias e abordagem de colaboração para reduzir o desmatamento em estados e províncias de florestas tropicais.
O diferencial desta edição será os objetivos inter relacionados de reduzir a pobreza, melhorar a subsistência, garantir direitos e proteger culturas, promover investimentos privados e construir economias baseadas em florestas com baixas emissões.
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