segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Sinal de alerta; População de pombos urbanos cresce em Montes Claros/Norte de Minas

A falta de controle dessas pragas urbanas pode levar a graves problemas de saúde pública. Pombos são transmissores de doenças que podem levar à morte

Diana Maia/Blog Jornalismo Imparcial

Montes Claros/MG_ Quem vê uma grande população de pombos circulando nas praças da área central de Montes Claros e migrando para muitos bairros, talvez não saibam que os pombos podem trazer sérios riscos à saúde da população.Um pombo saudável e bem alimentado pode viver em média de 15 à 16 anos. Porém, na cidade, normalmente costuma viver de 3 a 5 anos apenas.

O controle de pombos é difícil, pois a sua reprodução é rápida. Em geral, as fêmeas colocam 2 ovos que ficam incubados de 17 a 19 dias.

Durante semanas, a equipe do Blog Jornalismo Imparcial flagrou pessoas alimentando livremente as aves na Praça Dr Carlos, e demais pontos da área central, onde circulam em média diariamente duas mil pessoas. O local, virou um ponto de aglomerações de doenças, pois os pombos, conhecidos como “rato de asas” são transmissores de doenças graves.

Em contra partida, pessoas que tem admiração pela ave, alimentam  com pedaços de pão, restos de comida,  que são alimentos inadequados, viciando as aves a permanecerem no local.

Em entrevista com populares que passam pelo local diariamente, ouvimos inúmeras críticas, sendo citada, a falta de campanhas educativas por parte do município, fiscalização do local, e reclamações, principalmente de pessoas da terceira idade, que sentam nas praças e alimentam as aves, contribuindo para que  local, fique sujo de fezes, e com a chegada da alta temporada do calor, a proliferação de doenças transmitida ao homem pode se multiplicar.

Nos principais locais, onde os pombos se multiplicam dividindo o espaço com a população, os pombos não se intimidam e circulam livremente, como se fosse o seu habitat natural.

Nas praças públicas, não há cartazes e nem avisos a população, alertando para não alimentarem as aves.

Entre inúmeras doenças que os pombos podem causar ao homem as mais comuns são;

– Criptococose:

Transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos. Compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite subaguda ou crônica.

– Dermatites:

Parasitose causada pelo piolho do pombo, que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos.

– Histoplasmose:

Doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo).

– Ornitose:

Doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos.

– Salmonelose:

Causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria Salmonella spp. presente nas fezes de pombos e outros animais. Gera uma toxinfecção alimentar com sintomas como febre, diarreia, vômitos e dores abdominais.

Algumas medidas simples podem ajudar muito a diminuir o risco de contaminação:

Não alimente pombos e evite deixar sobras de alimentos ao alcance deles;
Proteja o nariz e a boca quando for realizar a limpeza de locais que esses animais habitam, como praças,  telhados e forros;
Impeça o acesso desses animais fechando passagens para dentro de forros e torres.

Quando esse tipo de espécie é controlada e vive de forma mais natural possível, todos saem ganhando.





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