A mãe confessou que na noite do crime, agrediu a bebê 5 vezes, com tapas e murros, pois alegava que a menina defecava demais e não parava de chorar, e disse também ter visto o pai da menina fazer movimentações estranhas por debaixo das cobertas, indicando um possível abuso sexual.
Foto: Diana Maia |
Montes Claros/MG_Na manhã desta segunda-feira (26/07), foi realizada uma coletiva de imprensa na 11ª RISP, onde foi esclarecido a elucidação do homicídio cometido contra Maria Valentina, de 1 ano e dois meses, que foi morta pelos seus genitores.
Conforme os trabalhos de investigação, a criança morreu devido as agressões cometidas pelos pais, que causaram rupturas na costela e na alça intestinal superior. Além disso, foi constatado que a menor apresentava dilaceração anal, que pode ter sido causada pela introdução de possíveis objetos. A mãe confessou que na noite do crime, agrediu a bebê 5 vezes, com tapas e murros, pois alegava que a menina defecava demais e não parava de chorar, e disse também ter visto o pai da menina fazer movimentações estranhas por debaixo das cobertas, indicando um possível abuso sexual.
Ambos os pais eram usuários de drogas e jogavam a culpa um para o outro." É importante ressaltar que os dois tinham conhecimento das agressões causadas um pelo outro em Valentina, e por vezes acabavam não interferindo. No dia do crime, não houve a intervenção ou participação de terceiros", informou o delegado.
Os demais filhos do casal, ao serem ouvidos pelo Conselho Tutelar negaram ter sofrido qualquer tipo de abuso sexual, todavia, alegaram que sofriam agressões físicas por parte dos pais. Além disso, um dos filhos do casal indagou se de fato os pais os amavam. O Conselho Tutelar acompanhava a situação da família, que é de extrema vulnerabilidade social, sendo que a própria Maria Valentina sequer possuía registro de nascimento, o que dificultou o seu enterro. Foram necessários a intervenção de outras instituições públicas para que fosse confeccionado o registro de nascimento, a certidão de óbito e por fim, a realização do enterro da menor.
Devido os pais estarem cumprindo quarentena no presídio de Bocaiuva, foi preciso que o Sistema Prisional acompanhasse os dois para que os trâmites civis fossem realizados.
Os autores já possuíam passagem nos meios policiais. A mãe pelos crimes de abandono de incapaz, receptação e tráfico de drogas. Já o pai tinha registros pelos crimes de ameaça, dano, furto, roubo, homicídio, além de condenação por estupro de vulnerável.
O casal responderá concomitantemente pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio, abandono de incapaz e maus tratos. Os crimes somados poderão chegar em até 30 anos de pena.
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