quarta-feira, 30 de junho de 2021

Vídeo_ Delegados da Polícia Federal, relatam em coletiva como procedeu a Operação Reborn que iniciou as investigações em 2019 em Montes Claros/Norte de Minas

Foram necessários 2 meses de análises de documentos para a identificação de outros crimes praticados pelos criminosos. Ressaltando à participação da Polícia Civil de Minas Gerais, por intermédio da corregedoria.

Por Sarah Matias

Montes Claros - MG - Na manhã desta quarta-feira (30/09), foi realizado em Belo Horizonte uma coletiva com os Delegados da Polícia Federal, para explicar como se deu a Operação Reborn, que visa combater diversos crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, além da confecção de documentos com dados falsos. Ao todo, foram 13 andados de busca e apreensão diversas cidades mineiras como Belo Horizonte, iniciando os trabalhos investigativos em Montes Claros, com ramificações em Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa. Os mandados também ocorrem nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.

Conforme as informações repassadas à imprensa pelo Delegado Gilvan Cleófilas Garcia de Paula, delegado titular  de Montes Claros/Norte do Estado,  essa operação está relacionada com a Operação Stellio, que foi deflagrada em 2019.

Foram necessários 2 meses de análises de documentos para a identificação de outros crimes praticados pelos criminosos. O delegado ressalta ainda a participação da Policia Civil de Minas Gerais, por intermédio da corregedoria.

Já o Delegado Thiago Garcia Amorim, ressaltou que houve a prisão de vários advogados que tentaram sacar precatórias judiciais utilizando documentos falsos. Ainda de acordo com o delegado, houve a participação de funcionários de cartórios, espalhados por diversas cidades do norte de Minas.

Apurou-se ainda que um brasileiro, com cidadania norte-americana e procurado pela INTERPOL por condenação a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos da América, estava vivendo em Florianópolis/SC, com uma dessas identidades falsas. Documentos de identificação obtidos mediante fraude também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras brasileiras.

Em posse desses documentos falsos, que incluíam certidões de nascimento, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs dentre outros, além da possibilidade de criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxílio emergencial.

Foi verificados que os usuários desses documentos eram foragidos da Justiça, pessoas com extensa ficha criminal, golpistas alvos de diversas demandas na Justiça cível e imigrantes ilegais oriundos de países árabes – todos buscando nova identidade para se furtar dos comprometimentos jurídicos que recaiam sobre seus verdadeiros nomes.

Assista à coletiva realizada pela Polícia Federal, que aconteceu em Belo Horizonte/MG



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