segunda-feira, 29 de junho de 2020

Polícia Civil na Operação 'Prova Final' cumpre Mandados de Busca e Apreensão em residência de criminosos que vendiam diplomas no Norte de Minas


dianamaiah@hotmail.com

A Polícia Civil, desde o dia 24 de junho iniciou uma força tarefa em Grão Mogol, Montes Claros e nesta segunda-feira 29/6 em Belo Horizonte, na Operação batizada como  "Prova Final", que apura a irregularidades na graduação de  curso de  especialização no Norte de Minas. 

As investigações iniciaram no dia  24/06/2020,  em Grão Mogol no Norte de Minas, chefiada pela a equipe do Delegado Dr. Ranieri Rocha, cumprindo o  primeiro Mandado de Busca e Apreensão expedido para dois imóveis localizados no município.  As buscas foram concentradas na Fazenda Andorinhas, situada na zona rural de Grão Mogol, bem como, para imóvel localizado no  Bairro Vila do Barrão. Os Mandados foram expedidos em desfavor de C. V.V.Q. Na  ocasião,  foram apreendidos documentos, diplomas, cheques, celulares e etc. 

Já em Montes Claros, as buscas foram cumpridas em  26/06, pela equipe do Delegado Alberto Tenório,  concentradas   na avenida Corinto Crisostomo Freire, em apartamento usados por  L.S.D.D  e R.Q.D., local em que os  suspeitos mantinham uma  filial da empresa, na cidade. O imóvel estava vazio conforme relatou o proprietário.
 Os locatários,  haviam se mudado recentemente. Ainda de acordo com a PC, nessa modalidade criminosa é  habitual a mudança de endereço dos estelionatários  para dificultar o trabalho policial e evitar  reclamações  de vítimas.

 Por meio de cooperação da  equipe do Delegado Sérgio Paranhos Fleury Belizário, da Polícia Civil em Belo Horizonte, nesta segunda -feira, a 29/06, a PCMG,  empreendeu buscas na sede da empresa localizada na capital, Bairro Jardim Atlantico, suposta Instituição de Ensino do grupo investigado. No local também foram apreendidos materiais  relevantes para provar a fraude.

Entenda o Caso:

Os suspeitos são investigados pela prática do crime de estelionato no Norte de Minas, as apurações iniciadas em Grão Mogol apontam que as suspeita C.V.V.Q, sob a coordenação de L.S.D.D  e R.Q.D, estava  há alguns anos  efetivando a  “venda de diplomas de cursos superior falsificados" na região.  

Os fatos encontram-se em  apuração  há  01(um)  ano, quando iniciou  diligências para verificar a veracidade de   denúncias e ocorrências  policiais que  apontaram que a suspeita, C.V.V.Q, que trabalha como agenciadora de empresa voltada para cursos  de graduação e pós-graduação, estava  captando pessoas para realizar cursos emitindo, ao final,  diplomas  falsos, sem validade .


Das Provas : 

Durante a fase de colheita de provas, vários professores foram ouvidos na delegacia, eles relataram a dinâmica da ação criminosa, apresentando documentos, recibos de mensalidades do curso, bem como, recibos de transferências bancárias e print de e-mails das faculdades responsáveis pelos diplomas, alegando que, estas  pessoas nunca foram matriculadas nas devidas faculdades, confirmando assim,  que os diplomas emitidos não eram reconhecidos pelas universidades como autênticos. 
No decorrer das ações, alguns professores que contrataram a empresa perderam seus cargos em virtudes de estarem atuando com diplomas falsos, oriundos da entidade  que  os suspeitos  representavam. Foram  apreendidos vários  recibos de investimentos nos cursos, com valores entre  R$3.000,00 a R$10.000,00, por documento. 

Assim, os contratantes  perceberam que foram vítimas de um golpe, por isso,  fizeram contato com a empresa e com a agenciadora  C. V.V.Q, no intuito de resolver ou serem restituídos dos valores  investidos, porém, todas as tentativas foram infrutíferas.  As vítimas apresentaram mensagem via WhatsApp e e-mail,  que comprovam a intenção em  resolver a situação, mas nunca obtiveram retorno.  
Diante dos relatos dos professores e do grande número de turmas formadas pela empresa a PCMG acredita  que o número de pessoas lesadas seja bem superior àqueles  que buscaram providências na Unidade. 

Com as diligências  foram  apreendidos  diversos documentos relacionados a prática criminosa, talões de recibo da Instituição de ensino, cheques de vitimas, recibo de pagamento de vítimas, vários celulares, computadores, agendas e anotações.

Com todas as provas coletadas a Polícia Civil espera concluir as investigações e finalizar  o Inquérito Policial nos próximos dias, responsabilizando seus executores.

O delegado Ranieri Damasceno, esclarece sobre a importância de todas as vítimas procurarem a Polícia para registrar o fato e combater o crime praticado. 
"Com esse crime pessoas que buscavam um futuro melhor por meio da educação foram enganados pela estelionatária, pois isso, solicitamos que todos que foram prejudicados procurem a Polícia Civil para penalizar a suspeita pelos delitos praticados" esclareceu.