quarta-feira, 6 de maio de 2020

Temos Fome de Cultura.


Por Diana Maia
Com ausência de investimento na cultura, e ataques constantes, sofridos de quem era para ser os guardiões. Penso que é o momento da sociedade questionar que valores são  necessários cultivar em tempo de pandemia, e isolamento social.
Em meio a um cenário conturbado que a sociedade vive, cresce a arrogância, a prepotência, o analfabetismo funcional, que gladiam contra a Liberdade de Imprensa, a cultura, os direitos Constitucionais. Em meio ao caos, a cultura luta para sair do coma.
O Brasil virou um triste cenário do Poder e Autoritarismo, onde artistas de vários segmentos, mesmo em tempo de isolamento, lutam para deixar dias mais leves, espalhando alegria e o gozo da Paz.
A cultura se renova, dando vida as lives, que levam solidariedade, acalentam corações em vozes que ecoam, como a de Gustavo Lima, Maria Mendonça, Jorge Mateus, Alok, e outros inúmeros nomes da música  brasileira, mostrando ao povo, que o show não pode parar.
“Temos fome de cultura, de leveza na alma, de abraços, beijos, dança, ritmos, não importando onde paramos, mesmo em tempo de isolamento social, a cultura não pode adoecer”.
                                 
Cultura é o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social.  "A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade". No entanto em tempos que a arte, fica em segundo plano, é momento de reinventar renascendo das cinzas como Fênix.
E diante de tantas incertezas, grande nomes na música popular brasileira, se reinventa, quebrando paradigmas, tendo ao seu favor a tecnologia, a internet, as lives.


 

Que Pais É Esse?
Gravada em 1987, a canção composta por Renato Russo a cada dia que passa se torna mais atual. Ela cita as mazelas dos políticos e a esperança do povo em um futuro melhor.
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
 Renato Russo



 Já na década de 80, Alvorada Voraz, RPM, falava dos escândalos políticos que reinavam na época. Em 2002 não apenas ganhou uma nova versão como também os escândalos políticos foram atualizados e citou políticos como Paulo Maluf, José Sarney e Jader Barbalho.

 

A música lança ácidas críticas à capacidade dos brasileiros de definir os próprios destinos, como por exemplo, escolher presidente.

Muda as figurinhas mais os velhos hábitos continuam...

Precisamos a cada dia combater a velha escória política, se alimentando de Cultura. Respeitar as diferenças

“Só assim se consegue afastar o fantasma do preconceito e formar jovens mais tolerantes”.

Conhecer as várias etnias e culturas, valorizá-las e respeitá-las. Repudiar a discriminação baseada em diferenças de raça, religião, classe social, nacionalidade e sexo. Reconhecer as qualidades da própria cultura, exigir respeito para si e para os outros.