Da redação
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O Delegado Bruno Rezende informou nesta sexta-feira 24/04, que concluiu e remeteu à Justiça Pública Inquérito Policial que apurou a morte de uma criança de dois anos em Montes Claros, no Norte de Minas.
De acordo com a PC, a mãe da criança foi presa no dia 10/4, quando a Polícia Civil cumpriu Mandado de Prisão Temporária pelo crime bárbaro que chocou a população.
A criança morreu em 20 de fevereiro deste ano, e o laudo de necropsia apontou "morte em decorrência de traumatismo abdominal". Ao longo da investigação, além das diligências realizadas, testemunhas e parentes da vítima e suspeita foram ouvidos e relataram à PCMG que a criança era submetida a agressões constantes por parte da mãe.
Com os depoimentos, a Polícia Civil confirmou o cenário de espancamento em que a vítima foi submetida antes de falecer, relatos que a mãe agredia o filho com socos, e ainda, com golpes de sandálias no rosto corroboram as provas do Inquérito.
Demonstrando uma insensibilidade e crueldade anormal, a suspeita mostrou resistência em acompanhar a criança quando foi socorrida, bem como, durante os dias em que ficou internada. E, ainda, após o velório, foi vista juntamente com o pai do menor em um bar bebendo.
Em suas declarações a mulher relatou que o agravamento do estado de saúde da criança foi ocasionada por uma queda que a vítima sofreu de uma cadeira, "no qual ela teria batido com a barriga no chão".
A Polícia Civil também encontrou incoerência nas declarações do pai e mãe, ação e omissão, condutas que culminaram com a morte da vítima.
No relatório, o Delegado entendeu que pai e avó foram omissos em não socorrer a vítima prontamente. " com a piora do quadro clínico, eles foram orientados a levar com urgência, a criança para atendimento médico, entretanto, só acionaram o Samu 24 horas depois, diminuindo a expectativa de sobrevivência da vítima" disse.
O Delegado Bruno indiciou a genitora por homicídio triplamente qualificado, dada a gravidade dos atos. Pai e avó foram omissos e praticaram conduta descrita no artigo 135 do Código Penal, " deixar de prestar assistência à criança", sendo ambos indiciados por este delito.
Além disso, a Autoridade representou pela conversão da prisão temporária em preventiva da indiciada, concluindo com eficiência o trabalho da Polícia Civil na elucidação deste crime, cuja apuração demandou muito empenho e dedicação da equipe policial da Delegacia de Homicídios.
Para finalizar o Delegado ressalta que omissão também é uma decisão, o ato por si só pode resultar em morte, por isso, denúncias são imprescindíveis para que a Policia possa agir e evitar crimes semelhantes.