domingo, 1 de setembro de 2019

Holocausto nunca mais

Foto: Roque Sá/ Agência Senado
Davi Alcolumbre
Hoje, é um dia de lembrança em nome das 6 milhões de vítimas assassinadas pelo maior genocídio da história. Em 01 de setembro de 1939, iniciava-se a 2ª guerra mundial.

A dor causada por um dos momentos mais sombrios do século XX, o holocausto judeu na Europa. Entre 1933 e 1945, o terceiro reich de Adolf Hitler promoveu a eliminação sistemática dos judeus no velho mundo. O regime nazista roubou tudo da comunidade judaica: seus direitos mais básicos, seus pertences e suas vidas.

Há diversos nomes para o que aconteceu naquele período: Solução Final, Shoah (devastação), Holocausto (oferenda pelo fogo) e Churban (destruição) são alguns deles. Contudo, não encontraremos uma palavra capaz de traduzir aquele horror.

Seis milhões de judeus, dois terços da população semita na Europa, foram mortos durante esses anos conturbados. Sofreram as piores agruras, segregados em mais de 42 mil guetos, campos de trabalho escravo e campos de concentração espalhados pela Europa.

Crianças foram separadas dos pais, homens e mulheres foram obrigados a trabalharam até a exaustão. Fome, doença, violência e terror eram o cotidiano do nosso povo. O estado nazista criou campos de extermínio, dedicados única e exclusivamente a executar prisioneiros. Nessas verdadeiras indústrias da morte, quase três milhões de judeus perderam a vida, asfixiados em câmaras de gás ou fuzilados.

Tudo isso me marca de maneira profunda, dadas as minhas raízes judaicas sefarditas. A religião reforça meu elo com as vítimas dessas atrocidades, fazendo com que eu me solidarize e padeça duplamente, como ser humano e como judeu. Embora a visão desse passado me entristeça profundamente, defendo a preservação de nossas memórias, sejam elas boas ou ruins.

No ano passado, quando eu ainda não tinha a honra de presidir o Senado, solicitei em parceria com a Confederação Israelita do Brasil, a  projeção dos dizeres “Holocausto Nunca Mais” nas torres do Congresso Nacional. Este ano, tive a satisfação de poder eu mesmo autorizar a projeção da frase. E essa ação vem carregada de simbolismo. Que nós sejamos capazes de manter viva a memória de um passado tão cheio de dor.

É um pequeno preço a pagar, para jamais termos de testemunhar um holocausto novamente. Shalom!