O dia 8 de maio de 1945 marcou o momento
em que o mundo celebrou a rendição incondicional das forças germânicas
na Segunda Guerra Mundial, assinalando o fim de um dos conflitos mais
sangrentos pelo qual passou a humanidade.
Em 1939, a rápida invasão da Polônia pelas Divisões Panzer
de Hitler deu início à contenda que, em pouco tempo, adquiriu
proporções globais. O afundamento de navios mercantes brasileiros por
submarinos alemães em nosso litoral foi decisivo para que, em 31 de
agosto de 1942, Getúlio Vargas declarasse guerra às potências do Eixo.
O esforço empreendido pelo Brasil junto
aos Aliados não se resumiu somente ao apoio logístico. Lutamos em solo
europeu com arrojo e determinação. O 1º Escalão da Força Expedicionária
Brasileira (FEB) partiu para o Teatro de Operações da Itália no dia 2 de
julho de 1944, sob a escolta vigilante das belonaves da Marinha do
Brasil e tendo à frente o General Mascarenhas de Moraes.
No contexto da guerra, a FEB participou
decisivamente do rompimento das duas últimas linhas de defesa alemãs que
barravam o acesso ao norte da Itália e ao sul da Alemanha. Essas
posições fortificadas nos Montes Apeninos, região montanhosa de difícil
progressão, foram o palco principal onde nossos pracinhas conquistaram
inúmeras vitórias, mas também deixaram seu suor e seu sangue.
Em 239 dias ininterruptos de intensos
combates, com o apoio aéreo preciso dos ases da Força Aérea Brasileira,
destacam-se as vitórias em Monte Castelo, após quatro tentativas; Montese, uma das mais sangrentas, com 426 baixas brasileiras; Collecchio e Fornovo, quando aproximadamente 20 mil experientes combatentes, a maioria da 148ª Divisão de Infantaria Alemã, além da 90ª Divisão Panzer Granadier e de italianos, da Divisão Bersaglieri, renderam-se à FEB.
Na Europa, quase 500 brasileiros
tombaram em combate, entre eles o jovem Aspirante Francisco Mega e o
experiente Sargento Max Wolf Filho, bravos heróis brasileiros aos quais
dedicamos toda a reverência e inspiração. A paz que hoje prevalece é
fruto do sacrifício de bravos soldados que, como eles, deram suas vidas
pela paz e liberdade.
Passados 74 anos, fica aos brasileiros a
certeza de que os militares do seu Exército, força singular de hoje e
de sempre, específica e peculiar, estarão sempre prontos para cumprir o
chamado da Pátria, para defender seu povo e sua soberania com o
sacrifício da própria vida.
Aos soldados de Caxias, que o grito de
vitória que ecoou nas escarpas do norte da Itália continue a empolgar
cada um, e que a lembrança dos feitos dos nossos pracinhas permaneça
inesquecível em nossos corações.
Salve a Força Expedicionária Brasileira!
Salve o Exército de Caxias!
Viva o Dia da Vitória!