sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

General Villas Bôas, Comandante do Exército: um legado de serenidade e defesa intransigente da Constituição

Centro de Comunicação Social Exército Brasileiro
Brasília (DF) – Após quase quatro anos, o General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas transmitirá o cargo de Comandante do Exército Brasileiro ao General de Exército Edson Leal Pujol nesta sexta-feira, 11 de janeiro de 2019. Ele havia assumido a função no dia 5 de fevereiro de 2015, passando a conduzir os destinos da Força Terrestre e dos seus cerca de 220 mil integrantes.
Ao longo de sua gestão, o Gen Villas Bôas aliou a serenidade característica de sua personalidade à firmeza na ênfase do papel do Exército, definido na Constituição, especialmente nos momentos de instabilidade política e social. Traços marcantes e já plenamente reconhecidos em diversos textos publicados a seu respeito. Seu legado entra para a história.
Antes de assumir a mais alta função do Exército Brasileiro, o Gen Villas Bôas era o Comandante de Operações Terrestres. Coroamento de uma trajetória iniciada em 1º de março de 1967, quando esse gaúcho de Cruz Alta ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Infante de origem, encarnou a coragem e determinação típicas dos discípulos de Sampaio para enfrentar os desafios colocados à sua frente desde a assunção de Comando. Obstáculos de toda ordem, vencidos com a frase-síntese de seu pensamento e intenção, expostos em publicação interna: "vamos trabalhar com alegria; e muito"!
Em fevereiro de 2015, a conjuntura nacional era conturbada. O Brasil ainda vivia os reflexos das manifestações de 2013, que se estenderam após as eleições presidenciais do ano seguinte e não cessaram após o processo de impeachment. Em meio à turbulência, o General Villas Bôas foi a voz do Exército Brasileiro, deixando clara a percepção da crise ética vivida pelo País, mas ressaltando a importância da manutenção da estabilidade, da legalidade e da legitimidade, bem como a defesa da Constituição Federal.
O papel apaziguador do Comandante em meio à crise foi alvo de observações positivas por parte de autoridades de todos os níveis e veículos de imprensa do Brasil e do exterior. A aprovação também veio da maior parte da população, algo observável, por exemplo, nas milhares de interações do público nos espaços de comentários de órgãos de comunicação.
No campo operacional, mesmo diante das restrições orçamentárias impostas pelo contexto econômico desfavorável, o Gen Villas Bôas conduziu o Exército no cumprimento de suas missões. Os Projetos Estratégicos continuaram em andamento, a Força Terrestre concluiu com êxito sua a participação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti e contribuiu para a manutenção da segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.
Ao ser acionado, o Exército auxiliou a população em Operações de Garantia da Lei e da Ordem em estados como o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, restabelecendo a paz social. Assumiu papel de destaque na Operação Acolhida, ainda em vigor no Estado de Roraima, contribuindo para amenizar a crise humanitária na fronteira com a Venezuela. Por fim, o Exército esteve à frente da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, colaborando para reduzir alguns índices de violência e reestruturar a Polícia Militar daquela Unidade da Federação.
Durante a inauguração do seu retrato na Galeria dos Antigos Comandantes do Exército, nessa quinta-feira, 10 de janeiro, o General Villas Bôas teve uma pequena amostra do reconhecimento por parte de seus subordinados, amigos e autoridades presentes na concorrida cerimônia. O bom combate foi combatido. A missão foi cumprida. A fé está guardada. Obrigado, Comandante!