Reclamações, impotência, tristeza e
descaso, foi o cenário que a equipe do Blog Jornalismo Imparcial, presenciou
durante quinze dias em estadia em Manaus/Amazonas, acompanhando o
sofrimento de pacientes e acompanhantes que sofrem com a falta de um atendimento
acolhedor no Hospital João Lúcio, localizado no bairro Coroado, na zona leste
da capital.
Um
jovem de 36 anos que tem acompanhado diariamente o sofrimento de seu pai, que
está internado a um mês, aguardando para fazer uma cirurgia, relatou os descasos
que acontecem no hospital.
O
acompanhante, reportou ao Blog Jornalismo Imparcial, que diariamente, alguns auxiliares de enfermagem, cheio de má
vontade, terminam em alguns casos jogando a responsabilidade de seus trabalhos
para os acompanhantes, que não tem experiência de como lidar com a rotina
diária de um paciente, em um desses momentos, E.S. relatou, que precisou do auxílio técnico para
higienizar o seu pai, para trocar uma fralda, no entanto uma enfermeira queixou-se que não
podia fazer, pois tinha problema de coluna, e que ao reportar que chamaria a
imprensa, disse que era um favor que estaria fazendo, após suas lamúrias e descaso, auxiliou o paciente, reclamando
que não era babá.
Ainda o jovem senhor, reclama que as vezes, em caso
emergencial, se desloca até a recepção relata o sofrimento do seu pai, que
já está em uma situação fragilizada, no entanto, dependendo do plantão o
profissional demora para ir ao leito, verificar o estado de saúde e amenizar o
sofrimento com a medicação adequada.
Profissionais trocando a fralda do paciente e reclamando. |
Outro ponto negativo, relatado pelos acompanhantes,
é o mau hábito de funcionários efetivos e terceirizados, desobedecendo as
regras do hospital, vendem alimentos, como: salgados, empadas de frango,
farofa de charque, brigadeiros, balas, chicletes, bombons de mangarataia, circulando livremente pelo leitos, dificultando a melhora do paciente, que por
vezes estão proibidos de comerem certos alimentos, por orientação médica. Ainda
um grupo de acompanhantes reportaram que no ato da visita de um paciente, à uma
rigorosa revista nas bolsas e sacolas de quem entra, evitando serem levados
alimentos para dentro da unidade, no entanto o mesmo tratamento, não acontece
com estes profissionais concursados e terceirizados, que tem total acesso, nos corredores do
hospital, para fazerem um bico e garantir uma renda extra, vendendo seus
produtos.
Outro
fator preocupante, relatado por acompanhantes, é a obrigação que é
imposta aos mesmos na unidade hospitalar.
Devido o hospital, não não ter um estoque suficiente de lençóis, para suprir a demanda de pacientes que chegam a todo
instante da capital e do interior, para serem atendidos no hospital, termina,
que o acompanhante, tem que custear os lençóis, um gasto a mais, principalmente
para os acompanhantes que vem do interior, que não tem parente na capital, e
condições financeiras de comprar lençóis para seus pacientes.
lixo jogado dentro do elevador |
Uma
senhora de 50 anos, que veio junto com o seu filho do município de Tefé, após
um grave acidente de moto, relatou que após passar alguns dias no
hospital, sem conhecer ninguém na cidade, só contou com a caridade de outra
acompanhante que sensibilizada com a situação, levou a mesma, para lavar
lençóis em sua residência.
Um funcionário que pediu para não identificar o seu nome, relatou que infelizmente essa é uma das realidades do hospital, "Não há lençóis suficiente mana, para atender toda essa demanda, é muito triste".
Está faltando tudo, saco plásticos para coletar lixo hospitalar, material adequado para fazer a limpeza correta nos leitos, elevadores quase parando, até a comida está sendo regrada.
Estamos também em nosso limite, reportou o funcionário, triste com o descaso.
Uma
outra acompanhante, que já está a mais de um mês, informou que já não sabe o
que fazer, "Se... o hospital não tem condição de atender a todos
oferecendo lençóis, para os pacientes, que pelo menos ensine como higienizá-lo,
pois estamos correndo riscos também de contrair uma bactéria, vindo do
ambiente hospitalar para nossa residência, pois mesmo que façamos todo o
procedimento em casa, não temos informações adequadas para fazer a
higienização correta deste material pessoal que levamos para casa".
Em contato com a assessoria do Hospital, foi informado ao Blog Jornalismo Imparcial, que a direção do Pronto Socorro
João Lúcio Machado,impôs rigor total ao cumprimento da
norma que proíbe venda de alimentos dentro do hospital.
A empresa contratada de
segurança está orientada a coibir qualquer ato dessa natureza e, se for
constatado, tanto no caso de funcionários/servidores quanto no caso de
acompanhantes, serão advertidos e tomadas medidas administrativas cabíveis.
Em
relação às outras denúncias, a direção da unidade também informa que irá
levantar qual a situação para adotar as medidas cabíveis.