Por Diana Maia
Na manhã desta quarta feira (29), o Delegado Titular da Delegacia de Homicídios Dr. Bruno Rezende, apresentou a imprensa local os resultados das investigações parciais em andamento,do crime cometido contra a vida do menor Juan Nicassio Ferreira Ramos de (13) anos, no último dia 09.03.2017, quando foi encontrado morto na Praça Sidney Chaves Junior, Bairro Raul José Pereira.
Até o momento (10) pessoas foram ouvidas, entre elas os investigados.
De acordo com as investigações da PC, houve uma reviravolta no caso, que à princípio foi noticiado que a vítima tinha sido morta, com um ferimento nas costas, proveniente de instrumento
perfuro cortante (faca), no entanto a partir da necropsia, com a exumação do corpo, que aconteceu quatro dias depois, foi possível identificar que a vítima foi morta por disparo de arma de fogo, descartando totalmente a primeira hipótese.Segundo o Delegado Bruno Rezende, essa situação em relação a dinâmica, incluíndo fatos da arma de fogo, fez com que a equipe da Delegacia de Homicídios, juntamente com a perícia, refizessem o local dos fatos, sendo encontrados outros vestígios de arma de fogo no portão das proximidades do local,onde foi recolhido dois históricos.
Com à identificação desses novos históricos, levou a Polícia Civil, a uma investigação em conjunta com a Polícia Militar, para que possam ser esclarecido verdadeiramente os fatos.
Nos históricos de informações apuradas pela PC, há indícios que as munições são de usos da Polícia Militar.Então apartir disso, foi levado ao conhecimento do Comando da Polícia Militar, instaurando também um procedimentos que tramitam no âmbito na Instituição.
Os policiais militares suspeitos neste inquérito, se apresentaram na Polícia Civil, confirmaram que abordaram a vítima, pois o menor era suspeito de traficar no bairro.O delegado reportou que área onde tudo aconteceu, existem vários usuários de drogas que ali tramitam, pois neste local, há ponto de droga, possibilitando ver a tramitação de pessoas a todo instante.
Foi reportado também a imprensa, que não há testemunhas presenciais do fato, mas há testemunhas da abordagem que viram o adolescente sair correndo.Também foi informado que está sendo avaliados as imagens de uma pessoa em um vídeo, na cena do crime, no entanto devido a qualidade do vídeo ser ruím, não foi possível identificar a pessoa na moto.
A Polícia Civil, aguarda os laudos das armas, os projéteis e as cápsulas, que foram encaminhados para exame de Micro-comparação Balística em Belo Horizonte.
Histórico do adolescente
Em maio de 2016, o pai desesperado, mostrava preocupação com o filho no mundo das drogas, em um momento, pelo mau comportamento de Juan, acorrentou com cadeado e corrente, dentro da sua casa, uma vez que o adolescente fugia
constantemente na madrugada para vender drogas, na época temendo
represálias de pessoas envolvidas com o tráfico, não viu outra solução se não prendê-lo em seu próprio domícilio. A ocorrência foi acompanhada pelo Conselho
tutelar.
Em outubro do mesmo ano, foi localizado em poder do menor, um revólver, calibre 32 de cor prata com inumeração ilegível, além de drogas, foi apresentado o material as autoridades.
O pai na coletiva de imprensa reportou também, que o filho estava se envolvendo com pessoas ligadas ao tráfico.Mas que nada justifica a morte precoce do adolescente.
E que perdoa os envolvidos, mas clama por justiça.
Em nota a Polícia Militar reportou:
Em relação à ocorrência de homicídio consumado registrada no último
dia 9 de março no bairro Raul José Pereira, em Montes Claros, na qual
aflorou suposto envolvimento de policiais militares no delito,
esclarecemos que, assim que a 11ª Região da Polícia Militar – 11ª RPM,
tomou conhecimento do fato, determinou, de pronto, no último dia 20, a
instauração de Inquérito Policial Militar – IPM (Subcorregedoria da 11ª
RPM), visando à ELUCIDAÇÃO rigorosa, completa e irrestrita dos
acontecimentos.
Considerando que os fatos estão em apuração por
meio da Autoridade de Polícia Judiciária Militar competente, a
Instituição somente pode se manifestar, de maneira clara e transparente,
após a conclusão das investigações, entretanto a Polícia Militar já
deliberou sobre o cumprimento de escala interna pelos mesmos, a fim de
agilizar os trabalhos.
A Polícia Militar de Minas Gerais
reafirma o seu compromisso com a lisura e a transparência em todas as
suas atitudes, não coadunando com quaisquer ações que demonstrem o
desalinho com o ordenamento jurídico vigente e, em quaisquer casos que
haja comprovação da prática de irregularidades por parte de integrantes
da Instituição, estes serão devidamente responsabilizados.
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